sábado, 10 de setembro de 2011

Nem tudo é “azeite e mel” na Terra Prometida!



Nas ruas de Israel encontramos uma sociedade revoltada com a atual situação econômica. Essa semana, alguns israelenses foram intimados a deixar seus “acampamentos” na principal Avenida de Tel Aviv. Tudo começou a cerca de 4 meses com a greve mansa dos médicos, a cada dia um hospital diferente, salas de atendimentos, etc. A medida que avançavam os dias os grevistas queriam melhorias nos serviços prestados, diminuição da carga horária e outros requisitos básicos.

Mas a “febre” das barracas começou mesmo em julho, mas precisamente no dia 17, quando uma jovem foi despejada do seu apartamento por estar em dívida com o proprietário. Como não tinha para onde ir armou uma cabana na mais movimentada Avenida da cidade, a Shdera Rocthild, nas proximidades do Teatro Nacional Robima. Foi só aparecer no Facebook pra virar uma nova moda de protesto.


Em poucas horas, centenas de tendas já estariam alinhadas na famosa e aristocrática avenida e aonde os “acampados” não eram pobres, desempregados ou sem tetos, mas sim a classe média. Eram profissionais liberais, estudantes universitários e pessoas que haviam servido o exército e agora protestavam contra o custo abusivo dos imóveis, alugueis que se estendiam a protesto contra injustiça social. 

O povo saiu às ruas para reclamar seus direitos e os deveres das autoridades israelenses. O que começou em Tel Aviv se alastrou por várias cidades de Israel, homens, mulheres, com suas crianças. Jovens (não com suas caras pintadas com aqui no Brasil), mas com a bandeira azul e branca nas mãos exigindo competência de seus governantes e proclamando que a terra de “azeite e mel” ainda não era uma realidade para aquela geração.


Se dentro do Estado de Israel, a coisa estava fervendo, além das fronteiras começaram a haver protesto também. No Egito, a Embaixada de Israel foi atacada e a bandeira queimada por manifestantes.












Centenas de soldados, apoiados por veículos blindados, entraram em confronto com os manifestantes nas imediações da embaixada de Israel no Cairo, após a sede diplomática ser invadida. O número de feridos aumentou para 1000.





Em Gaza, Irã e outros países o Dia Al-quds (Jerusalém), foi marcado por manifestações anti sionistas.  A realidade da vida em Gaza foi um dos artigos do Haaretz do mês passado que afirmava que o broqueio israelenses e egípcio causou grande empobrecimento da população por causa da dificuldade de obter recursos e gêneros alimentícios e materiais.  Uma costureira afirmou que a ação do Hamas sob uma população carente é ainda mais cruel e que “o Hamas tornou-se rico a custa do povo”.


Os conflitos internos se estenderam a religião. Protestos de ortodoxos em Beit Shemesh  provocam indignação nos moradores. A Ynet mostrou a reportagem em que  judeus ultra ortodoxos são contra a escola de meninas devido a sua localização.










Das ruas para as telas dos cinemas, agora é a vez de Mel Gibson ser barrado. A participação do autor e diretor no projeto de um filme sobre a vida de um dos heróis nacionais Judas Macabeus, provocou revolta na comunidade judaica e ainda vieram à tona seus comentários antissemitas, além da forma como apresentou os judeus no filme A Paixão de Cristo. É Gibson assim será difícil desejar para diretor do filme alguém que “não tem respeito e sensibilidade” em relação à religião judaica!









De volta a Terra Prometida um artigo publicado no Jerusalém Post mostrou uma crítica bem forte ao advertir sobre a idolatria. O autor apresentou vários deslizes do povo de Israel no percurso da História e que a reverência hoje, principalmente a alguns objetos da religião judaica como a mezuzá, filactérios ou até mesmo aos rolos da Lei (Torah) estava se tornando uma espécie de “culto a objetos”. Mas é claro que eu vou falar sobre esse assunto num próximo artigo.

Enquanto aqui, a realidade religiosa apresenta uma Jerusalém celestial muito almejada por cristãos, a Jerusalém terrena passa por diversos problemas. No final desse mês as Autoridades Palestinas irão propor na assembléia da ONU a criação de um Estado Palestino, ou seja, Gaza e Cisjordânia com Jerusalém Oriental como sua capital. A briga pelas fronteiras de 1967 continua provocando os líderes de Israel que não estão dispostos a ter fronteiras indefensáveis.

Outro dia li um artigo num blog que o autor afirmou que “foi a Israel e não encontrou Jesus lá” Voltou decepcionado com algumas coisas e certamente não tem planos de voltar a Terra Santa. Talvez ele não tenha procurado direito ou não sabia nem o que estava procurando!  kkkkk! 

Mas o certo é que o blog Eretz Israel apresenta o país como uma terra abençoada, mas Israel tem os mesmos problemas que uma nação ocidental e com um agravante: A maioria dos seus vizinhos quer exterminá-lo. 

Mas eu me conforto na Bíblia com essa palavra profética: “O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém todos os dias da tua vida; E verás dos filhos dos teus filhos e a paz sobre Israel”  Salmo 128.5-6



Marion Vaz

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