quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Show de Roberto Carlos em Jerusalém



O projeto Emoções em Terra do rei Roberto Carlos promove  uma viagem dos sonhos a Israel, com direito à visita a pontos turísticos. Os pacotes custam algo em torno de U$ 3.900, por pessoa e outros variam entre 14 a 30 mil reais.

Notícias divulgadas também afirmam que o cantor brasileiro vai se encontrar com o Prêmio Nobel da Paz, Shimon Peres, e também receberá uma condecoração da Igreja Católica, já que a cidade de Jerusalém é sagrada para as três maiores religiões do mundo. 






“A história da visita  de Roberto Carlos a Israel é tão grande que o jornalista israelense Nevo Ziv, do jornal Yedioth Ahronoth, veio ao Brasil entrevistá-lo”.


A apresentação será no dia 7 de setembro e as ruas de Jerusalém estão repletas de bandeirolas com o rosto de Roberto Carlos. Também foi anunciado que o “rei” cantará em hebraico para um público nada mais, nada menos do que 5,5 mil pessoas num anfiteatro próximo as muralhas da cidade velha. 







Parte da comunidade de 15 mil brasileiros que residem em Israel poderá aproveitar essa oportunidade junto com os 1500 fãs que fazem parte da turnê. Para que tudo ocorra bem uma equipe formada de 300 técnicos brasileiros estão trabalhando com os técnicos locais.

A única dúvida é se a musica “Jesus Cristo eu estou aqui” tão famosa no mundo inteiro fará parte da seleção musical do show. E se assim for, certamente Roberto Carlos cantará com muita devoção como um bom religioso que é.

Pois o musico que encantou milhões de pessoas desde o “Meu calhambeque bit bi” , “de que vale tudo isso” "Por isso corro demais" e outras tantas melodias até os dias de hoje,  sentir-se-á honrado em cantar na Cidade Santa aonde o Homem da Galiléia anunciou sua mensagem de fé e de amor a D-us e ao próximo.

Mas não fique triste por não poder estar lá, a Rede Globo de televisão vai transmitir o espetáculo no dia 10 e colocará a disposição dos fãs de Roberto Carlos e do público brasileiro um DVD.

Atualização: 8 de setembro
Roberto cantou Jerusalém de Ouro, com parte da versão em português e com versos originais em hebraico.

Se quiser ver mais fotos do show é só clicar em http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,GF87578-17290,00.html#fotogaleria=4

As músicas do show:
Emoções
Além do Horizonte
Como vai você (Espanhol)
Como é grande o meu amor por você
Detalhes
Outra Vez
Eu Sei Que Vou Te Amar
Mulher Pequena (português e espanhol)
Pensamentos
Ave Maria (italiano)
Lady Laura
Olha/ Proposta/ Falando Sério/ Desabafo
Unforgettable
Eu Quero Apenas O Portão
Eu te amo, te amo
Caruso (italiano)
A Montanha
Aquarela do Brasil
Jerusalém de Ouro
É Preciso Saber Viver
Jesus Cristo


Marion Vaz



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PRIMEIRO CONGRESSO SIONISTA



DISCURSO DE ABERTURA - 29 de agosto de 1897 - 

Basiléia - Suíça


 Theodor Herzl
 

"Como sou um dos organizadores deste Congresso, me foi dada a honra de lhes dar as boas vindas. O farei com poucas palavras visto que cada um de nós deve ter o cuidado de não desperdiçar os preciosos minutos do Congresso. Temos três dias para realizar trabalhos de muita importância. Colocaremos a primeira pedra do edifício que um dia se converterá em Lar da nação judaica. 

A causa é tão grande que devemos falar dela em termos mais simples. Julgamos que nestes três dias nos será apresentado um amplo informe sobre o problema judaico na atualidade. A matéria, de dimensões gigantescas,  se dividirá entre nossos informantes..."

Essas foram as primeiras linhas do discurso de abertura do Primeiro Congresso Sionista realizado na cidade de Basiléia, Suíça, que contou com a presença de 204 delegados de 15 países, todos vestidos a caráter conforme instruções de Herzl. Um grande público de judeus e não judeus  recebeu Theodor com aplausos e o Congresso começou com relato sobre a situação dos judeus em várias partes do mundo. Ele mesmo já denunciava que o antissemitismo faria suas vítimas

Parecia que Herzl estava prevendo o que aconteceria décadas depois com a eclosão da 2ª Grande Guerra, tamanho o empenho que se dedicou a aconselhar que os judeus precisavam de uma pátria e que aquela aparente situação poderia mudar. 

O seu livro Um Estado Judeu publicado em Viena em 1896 foi recebido com espanto, mas em alguns países como na Rússia, o livro circulava clandestinamente alimentando o sonho de outros judeus. Alguns chegaram a comparar Herzl com Moisés. Outros, entretanto, achavam absurda a idéia do, até então, consagrado jornalista brilhante.

 (Imagem da edição atual do livro em portugues)





O congresso criou a Sociedade dos Judeus e aumentou a filiação ao movimento sionista. Em seu diário, Herzl declarou: “em Basiléia fundei o Estado Judeu. O sonho que o acompanhava aonde quer que fosse seria alimentado por outros até se tornar realidade.

 No encerramento do Congresso Sionista, foi executada a canção Hatikvah – A Esperança – de Naftali Imber. Mas tarde, essa canção se tornaria o Hino Nacional de Israel (1948). A epigrafe que ficou famosa dizia “Se quiseres não será uma lenda...” Herzl esteve na Palestina para uma nova audiência aonde desembarcou emocionado, pois quando se falava de um lar para os judeus naquele território dizia: “nossa inolvidável pátria histórica”.  Mas ele não pode ver o seu sonho se realizar pois faleceu aos 44 anos de idade. A colina Har Herzl guarda a sepultura do pioneiro sionista.

 Em uma das últimas frases do seu livro deixou uma esperança: “os judeus que o quiserem terão o seu Estado”. Em 29 de novembro de 1947 a ONU aprova a partilha da Palestina em dois estados, um judeu e um árabe, quase 50 anos depois do Congresso.  
 
E em 14 de maio de 1948, nascia o Estado de Israel.



Marion Vaz

29/08/2011

Ver todo discurso http://www.chazit.com/cybersio/israel/congresso.html
 


El HaTzipor de Chaim Nachman Bialik



A poesia de 64 versos Ao Pássaro escrita quando Bialik tinha apenas dezoito anos (1891) e mais tantas outras que escreveu no decorrer de 40 anos, mostram o clamor pelo renascimento nacional. Em sua época havia um sentimento sionista que inspirava os poetas.

Nascido na Rússia em 1873, Bialik foi o responsável por inspirar a estruturação do hebraico falado hoje em Israel, o que fez com que se tornasse  um ícone da poesia nacional. O “poeta do Renascimento Hebreu” também foi elogiado por Mario de Andrade como “um dos maiores poetas hebreus” daquela época.
  

Estátua de Bialik em Ramat-Gan
Escultor Yasha Shapira.

El HaTzipor  - Ao Pássaro – Reflete seus sentimentos em relação a Sion e a Rússia (tema que apareceria freqüentemente em sua obra), e revela um poeta que vive na terra da escuridão e do frio e que faz perguntas e declarações a ave que vem da Terra de Israel, Tzion. 






Nela encontramos dois universos: o atual e o desejado. “O atual é frio e desolado, onde seu coração de um poeta está repleto de dor e tristeza. Tzion é quente, bela e primaveril e o canto do pássaro assegura a existência de uma terra que lhe é querida e traz esperança”.

“Bialik fez parte de uma geração intermediária dos tempos modernos do povo judeu, nem período de reorganização da cultura e da vida judaica em geral”. 1
 
Chaim Nachman Bialik viajou para Israel em 1924 por muitos anos. Foi a Viena para um tratamento de saúde e morreu em 4 de julho de 1934. Foi sepultado em Tel Aviv e teve sua obra traduzida para aproximadamente trinta línguas, deixando como legado uma grande contribuição para a formação de uma identidade judaica. Muitas das obras de Bialik foram musicadas e são populares até hoje, principalmente aquelas escritas para crianças. 

 
"Todos os eventos de minha vida são como pedaços de som esparramados, de diversos instrumentos. Em cada um deles toca uma melodia separada e, se apesar de tudo os sons se fundem em uma melodia, isso não é senão um milagre do céu."

EL HATZIPOR 
Shalom rav shuvech, ziporah nechmedet,
Me-artzot ha-chom el chaloni -
El kolech ki arev ma nafshi chalata,
Ba choref be'ozvech me'oni

Zamri, saperi, tzipori hayekara,
Me-eretz merchakim nifla'ot,
Hagam sham ba'aretz ha-chama, hayafa,
Tirbeina ha-ra'ot, hatla'ot?

Ha-tis'i li shalom me'achai betzion,
Me-achai ha-rechkoim ha-krovim?
Hoi me'usharim! Ha-yed'u yado'a,
Ki esbol, hoi esbol mach'ovim?

Ha-yed'u yado'a ma rabu po sotanai,
Ma rabim hoi rabim li kamim?
Zamri, tzipori, nifla'ot me'eretz,
Ha'aviv ba inveh olamim.

Ha'tis'i li shaliom mizimrat ha'aretz,
Me'emek, migai, merosh harim?
Haricham, ha-nicham elo'ah et tzion,
Im oday azuvah likvarim?

Ve'emek hasharon veiv'at halevonah -
Ha'yitnu et moram, et nirdam?
Ha-hekitz mishnato hasav ba'ye'arim,
Ha-levanon ha-yashen, ha-nirdam?

Hayered kifninim hatal al har charmon
Im yered veyipol kidama'ot?
Umah shlom hayarden umeimav habehirim?
Ushlom kol heharim, ha-geva'ot?

Kvar kaloo hadma'ot, kvar kaloo hakitsim,
Velo hekitz haketz al yegoni,
Shalom rav shuvech, tzipori hayekara,
Tzahali na kolech va'roni!


AO PÁSSARO (tradução livre)

Bem-vindo ao pássaro e seu retorno doce,
Dos países quentes a minha janela
Como minha alma anseia ouvir a sua voz agradável
no inverno, quando você sair a minha habitação.

Cante, conta, querido pássaro,
De uma terra maravilhosa e distante,
Também são os problemas e grande sofrimento
na terra quente e bonita?

Você tem saudações de meus irmãos em Sião,
De meus irmãos distantes, mas ainda perto?
Oh são felizes! Será que eles sabem
Que sofro a dor dos que sofrem?

Será que eles sabem como abundantes minhas memórias estão aqui,
Como pode, e por isso muitos se levantam contra mim?
Canta meu pássaro, as coisas admiráveis de uma terra,
Onde a primavera habita para sempre.

Você tem saudações da música da terra?
Do vales e topos das montanhas?
Que Deus teve piedade e consolou Sião?
Ou ainda é abandonada a sua sepultura?

E do vale de Sharon e do monte da árvore de incenso
Será que eles exalam sua mirra, e seu perfume?
(...)

Faz descer o orvalho como pérolas no Monte Hermon?
Faz descer e cair como lágrimas?
E como está o Jordão e suas águas límpidas?
E como são as montanhas, as colinas?

Minhas lágrimas secaram, toda a esperança fugiu
No entanto, não há fim para minha tristeza,
Saudações por seu retorno, meu pássaro querido,
Levante sua voz e grita...


Marion Vaz



1 Revista Herança Judaica nº 85 Fev/1993 

Poema musicalizado no You Tube
http://www.youtube.com/watch?v=zfyLcXC8-Ss 



sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Restauração dos Muros de Jerusalém




Uma matéria no site israelense Ynetnew.com sobre a restauração dos muros de Jerusalém me fez lembrar o texto bíblico de Neemias quando duas palavras o fizeram chorar e jejuar:  Miséria e desprezo! Este era o estado em que viviam os judeus em Israel, durante o cativeiro.

Embora Neemias  estivesse numa posição de copeiro do rei, tendo em vista as circunstâncias, ele se angustiou ao saber do terrível estado de abandono de Jerusalém: Os muros rachados, e as poucas pessoas que restaram, desfaleciam de fome e pobreza.

Então lhe caiu o semblante e começou uma campanha de oração e jejum. Sua angustia era tão intensa que não passou despercebida pelo Rei.  Assim ele propôs em seu coração fazer alguma coisa para mudar aquela situação. Trabalho pesado, que exigiria dele competência, capacidade de liderança e mais ainda: Confiança em Deus. Com a autorização do rei, saiu em direção a Jerusalém para edificar os muros da cidade Santa e tirar-lhe o opróbrio.   


Durante o processo de restauração das portas e muros Neemias enfrentou oposição cerrada. Mas a sua determinação o fez prosseguir até o fim. Em 52 dias a obra nos muros foi concluída (Ne 6.15). Mas é no VS 16 que observamos a extensão do seu feito quando o temor se abateu no meio dos seus inimigos e sobre os gentios que habitavam ao redor deles. 






Aqueles que achavam que até uma “raposa” destruiria o muro ficaram cheios de pavor ao reconhecerem que D-us cooperou com o seu povo e com aquela obra.


A “Jerusalém edificada como uma cidade bem sólida” que Davi entoava em seus cânticos (Sl 122)  sofreu muito no decorrer da História e passou por vários Impérios e cada um deles tratou de restaurar a cidade e seus muros conforme a necessidade da época. Hoje, os muros que cercam a Jerusalém Antiga têm cerca de 4 km e incluem 8 portões.





A restauração dos muros da Jerusalém moderna foi iniciada após várias pedras caírem no pátio de uma escola católica ao lado do muro. O governo israelense financiou o projeto e a restauração começou em 2007. A conclusão da obra está prevista para o fim de 2011. 


“O muro com cinco séculos de idade reflete como um espelho os diversos períodos que a cidade experimentou” – disse a Autoridade de Antiguidade de Israel e arquiteto responsável pelo projeto Avi Mashiah.









Assim, a restauração exigiu decisões sobre o que poderia ser preservado e o que deveria ser removido.  Centenas de amendoeiras que cresciam ao longo do muro cujas raízes danificavam as pedras otomanas foram removidas. Assim como pedras que foram colocadas erradamente pelos britânicos  na restauração de 1920. Elas foram substituídas por cópias artesanais das pedras originais otomanas feitas por um pedreiro numa aldeia da Cisjordânia.


No entanto, as balas que perfuraram a área no portão de Zion na guerra de 1948, quando os soldados israelenses perderam o bairro judeu para os jordanianos, foram deixadas lá. Assim como brechas em que falcões e andorinhas fizeram seus ninhos.


Durante a limpeza das pedras, os restauradores de se deparam com arquiteturas de diferentes períodos como os leões esculpidos no portão de Lion Gate que eram sobras do século XIII época dos Mamelucos.








Nas obras no portão de Damasco as equipes trabalharam por dez meses e na maior parte durante a noite, para não prejudicar o mercado palestino que funciona do lado de dentro do portão. Ali, ao restaurar uma pedra enegrecida foi vista uma inscrição em árabe que dizia: “Não há Deus senão Alá e Maomé é o mensageiro de Alá”.





 
As esculturas ornamentais nas paredes do portão de Jaffa são obras de pedreiros do período dos Cruzados e as inscrições que puderam ser vistas  X LEG diz respeito unidade da 10ª Legião no Império Romano que acabou com a revolta judia e destruiu o Templo de Jerusalém no ano 70 EC






O trabalho da Arqueologia de Israel encontra certas oposições, principalmente em Jerusalém Oriental, porque isso implica em afirmar que Israel tem prioridade sobre essa parte da cidade, aonde os líderes palestinos alimentam a esperança de estabelecer uma capital. Mas no caso do muro não houve muita resistência.

Durante o processo de restauração o muro também foi mapeado por um equipamento a laser em 3-D para localizar cada pedra e alguma saliência perigosa.

A reedificação de Jerusalém na época de Neemias também foi um período de renovação política, social e espiritual. Assim esperamos que o desejo, e porque não dizer, a oração de Neemias se cumpra nos dias de hoje: “... O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós seus servos nos levantaremos e edificaremos...”  (Ne 2.20).

Quanto a mim desejo e oro pela paz em Jerusalém e que “haja paz dentro de seus muros e prosperidade dentro de seus palácios”  Salmo 122.7


Marion Vaz


Nos links abaixo você pode ver os portões da cidade de Jerusalém:




terça-feira, 23 de agosto de 2011

David Rubinger, o fotógrafo de Israel



“O segredo de uma vida realizada é viver cada dia como se fosse o último, mas sempre planejar o futuro como se houvesse amanhãs sem fim... “ David Rubinger

As câmeras fotográficas são seu "terceiro olho", para não dizer seu olho principal. Ele foi definido por Shimon Peres, atual presidente do país, como "o fotógrafo de uma nação em formação" e viu sua carreira se desenvolver paralelamente à própria história de Israel. 


O maior legado que um foto-jornalista pode deixar é um trabalho que ajude a definir determinado período na história. Neste sentido, nenhum outro fotógrafo conseguiu juntar um arquivo de fotos tão significativas e abrangentes como David Rubinger. Através de suas imagens pode-se empreender uma viagem pelos principais fatos e personagens do moderno estado judeu, sua fundação, suas lutas e seu desenvolvimento. 







Sua carreira foi definida pela imagem captada por suas lentes no Muro das Lamentações, em 7 de junho de 1967, minutos após o Kotel ter voltado às mãos de nosso povo. Na imagem singela e significativa, três pára-quedistas postam-se ao lado do Muro. Seus nomes Zion, Itzik e Haim, os três jovens eram membros da unidade que recapturou o bairro judeu após quase 20 anos em mãos jordanianas. A foto que imortalizou aquele momento histórico, de importância maior para todo um povo, se tornou um ícone, e, seu artífice, um nome mundialmente famoso.

Sua vida: de Viena a Israel

A vida de Rubinger foi parte da tragédia, luta e vitórias vivenciadas pelo povo judeu no século 20, que ele com tanta maestria registrou. 

Seus pais, Kalman Rubinger e Anna Kahane, nascidos na Polônia, conheceram-se em Viena, onde se casaram. E foi em Viena, também, que nasceu David, único filho do casal, em 29 de junho de1924. Os Rubinger eram uma família tradicional de classe média. Judeus observantes, sua vida girava em torno da família, das festas religiosas e da sinagoga.

Ainda criança tinha plena consciência de ser judeu. Até o Anschluss, a anexação político-militar da Áustria pela Alemanha nazista, em março de 1938, os anos de escola foram relativamente tranqüilos - apesar das humilhações a que ele e outros três judeus de sua classe eram freqüentemente submetidos. Dias após a anexação, David e os outros judeus foram enxotados da escola, pois pelas novas leis raciais os judeus não podiam mais freqüentar colégios austríacos.
 
No mês seguinte, a vida de David sofre mais um baque. No caminho de volta para casa, seu pai é identificado como judeu é preso. Jogado em um caminhão, primeiro é levado a Dachau e, mais tarde, a Buchenwald. Anna empreendeu esforços desesperados para libertá-lo. 

Nessa época, os nazistas ainda permitiam a tentativa de requisição de vistos de saída aos judeus que tinham parentes no exterior e que aceitassem recebê-los. Frieda, a irmã de seu pai que morava em Londres, conseguiu obter para ele um visto de entrada britânico. Quando, em janeiro de 1939, o visto chega em Viena, Anna, de posse dos papéis, vai até a Gestapo que liberta Kalman na condição de que ele deixasse o país no prazo de duas semanas. Como as autoridades britânicas somente haviam concedido o visto de entrada para Kalman, ele se viu obrigado a deixar para trás esposa e filho.

Com poucos recursos, David e a mãe foram obrigados a se mudar para um apartamento de um quarto em Leopoldstadt, o bairro judaico. Na mesma época, o jovem se filia ao Hashomer Hatzair local, movimento juvenil sionista, inscrevendo-se em seguida na escola da Aliá Juvenil, onde lhe ensinaram noções básicas de algumas profissões, sendo em seguida enviado a uma escola agrícola.

Naqueles dias negros a sorte sorriu para David. Estava no primeiro grupo de jovens que a Aliá Juvenil de Viena ia enviar para Eretz Israel. E quando chegou a hora da partida, apesar de já ter eclodido a guerra, a viagem foi mantida, pois o navio que ia levar os jovens para a então Palestina. A mãe conseguiu sobreviver a duras penas, muito só, até 1942, quando foi levada para o campo de extermínio de Maly Trostenets, na Bielorrússia, onde foi assassinada. 

Ao chegar a então Palestina, foi enviado para o Kibutz Beit Zera, em Haifa, onde viveu durante três anos. Assim que completou 18 anos, alistou-se no Exército Britânico... Em setembro de 1944, quando o governo britânico concordou em criar uma Brigada Judaica, formada, sobretudo, de judeus de Eretz Israel, David passou a servir na mesma...

Em maio de 1945, a Brigada foi transferida para o nordeste da Itália, tornando-se um dos principais agentes da "imigração ilegal" de sobreviventes do Holocausto para então Palestina. Rubinger tem ativa participação nessas operações até ser estacionado na Bélgica. Na ocasião, seu oficial superior o envia à Inglaterra, onde ele reencontra o pai que não via desde 1939. Este lhe revela que uma de suas irmãs, Bertha, e sua filha, Anni, haviam sobrevivido à Shoá e estavam de volta em Gelsenkirchen, Alemanha...

No verão de 1946, as autoridades britânicas decidiram dissolver a Brigada e, em novembro daquele mesmo ano, David volta para Eretz Israel. No dia decisão da ONU pela Partilha da Palestina, 29 de novembro de 1947, David tirou sua primeira foto profissional: jovens judeus comemorando ao redor de uma viatura do exército britânico.

Logo após a partilha, David juntou-se a Haganá. Na Guerra de Independência que se seguiu, ele foi promovido a oficial do recém-criado exército israelense, as Forças de Defesa de Israel. Esteve entre os defensores de Jerusalém. David relembra a luta que travara contra atiradores jordanianos da Legião Árabe postados na Torre de Davi, que acabou ficando em mãos árabes até 1967.

Ironicamente, foi nessa mesma Torre que, em 1988, por ocasião dos 40 anos do Estado de Israel, Rubinger realizou sua primeira exposição individual: "Witness to an Era" - Testemunho de uma Era. Ele costuma dizer que a mostra foi um desses presentes que a vida nos dá...

Sua carreira

Após testemunhar o nascimento da nação, em 1948, Rubinger, como todos os israelenses de sua geração, vivenciou dez guerras e passou por inúmeros perigos.
Rubinger foi o fotógrafo que acompanhou praticamente todos os líderes israelenses em missões ao exterior.

Como o escritório central da Time-Life era em New York, Rubinger costumava ir freqüentemente aos Estados Unidos. Numa dessas visitas, esteve em Camp David.

Extremamente consciente da importância de organizar um arquivo para preservar a história, que, como diz, teve o privilégio de vivenciar, Rubinger criou uma das mais importantes coleções de fotografias do mundo, com mais de 500 mil imagens.

Em 1999, ele vendeu seu arquivo para o Yediot Ahronot, um dos maiores jornais de Israel.

A foto mais conhecida, sua "assinatura" 




Os soldados: Zion, Itzik e Haim - eram membros da unidade que recapturou o bairro judeu.















Em sua biografia, "Israel Through My Lens: Sixty Years As a Photojournalist", David conta que entrou na Cidade Velha 15 minutos após os pára-quedistas terem libertado o Kotel:

 "O espaço era muito estreito entre o muro e as casas que estavam na frente, apenas uns 3 metros. Eu estava deitado no chão em busca do melhor ângulo para fotografar. Então, vi os três soldados andando... A cena com que me deparei era pura emoção. Ao nosso redor, as pessoas choravam de alegria, e enquanto eu batia as fotos, as lágrimas rolavam pelo meu rosto, quentes de incontida emoção". 

“Vinte minutos depois, Shlomo Goren, Rabino Chefe das Forças Armadas, entra na atual Esplanada do Templo tocando shofar e carregando um Sefer Torá. Os soldados o carregaram nos ombros. Eu pensei: está é a minha grande foto. Lagrimas ainda escorriam no meu rosto quando a bati.”

Ao fazer um retrospecto de sua vida, Rubinger diz considerar-se um homem de muita sorte. Passou ileso por dez guerras e sobreviveu a inúmeras outras situações de risco. Atingiu o pico da profissão de fotógrafo e é mundialmente reconhecido. Teve acesso a muitos líderes mundiais e a personalidades fascinantes, orgulha-se de sua família, que lhe deu dois filhos, cinco netos e dois bisnetos.

Resumindo, considera-se um afortunado e diz que o segredo de uma vida realizada é viver cada dia como se fosse o último, mas sempre planejar o futuro como se houvesse amanhãs sem fim...




Artigo da Revista  Morashá   -  Edição 65 - set/2009

Durante anos olhava essa foto e me perguntava  quem eram esses três jovens soldados e quais eram os seus nomes? Hoje o Eterno D-us de Israel me fez saber. E é por isso que estou dividindo com vocês.

Marion Vaz

Monte do Templo



Após 44 anos de exclusão, centenas de judeus religiosos de todos os ramos puderam alegremente comemorar o 44º aniversário da primeira entrada dos soldados israelitas no Monte do Templo em 2 de Junho de 2011. 


Pela primeira vez na história das restrições israelitas à entrada de Judeus no Monte do Templo, a recitação da Bênção Sacerdotal foi permitida no Monte no dia em que se celebra a Reunificação de Jerusalém, quando centenas de visitantes - todos eles tendo-se previamente submergido num mikveh (banho ritual) e tomado outras precauções requeridas pela Lei Judaica - foram todos autorizados a entrar no Monte do Templo. 


O rabi Yisrael Ariel, director do Instituto do Templo e um dos páraquedistas que ajudou a liberar o Monte do Templo em 1967, e que foi miraculosamente foi salvo da morte naquela ocasião, recitou a bênção em voz alta: "Barukh - Tu és a fonte de bênçãos, Deus, que realizaste um milagre para mim neste lugar."


Mas essa semana foi a vez de dezenas de estudantes da Yeshivah irem ao Monte do Templo para orar pela paz na Terra Santa e para parar os ataques aos habitantes de Israel.










O rabino chefe de Kiriat Arba, Dov Lior Shlita, deu palavras de conforto aos homens, jovens e adolescentes e crianças.











A montanha (Moriá) continua sendo sagrada para os judeus que limitam seus passos alí reconhecendo a santidade do lugar.


                                                                              



Um árabe chegou a protestar contra a entrada de qualquer pessoas. Mas a polícia israelense estava ali para garantir a tranquilidade.



Como no Salmo 122 Davi entoava: "Alegrei-me aundo me disseram vamos a Casa do Senhor" os judeus disseram "vamos subir ao Monte do Templo em santidade e pureza de acordo com a Halachá..."

"Orai pela paz em Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam".








Marion Vaz

Fontes:

http://faceshuk.jewpi.com/members/JewPI/activity/725737/

http://shalom-israel-shalom.blogspot.com/2011/06/acontecimento-historico-no-monte-do.html
 


domingo, 21 de agosto de 2011

Alerta Vermelho - Ataque terrorista em Israel




Essa semana, 80 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza atingindo cidades ao sul de Israel. Embora o som de sirenes tenha alertado a população pouco antes dos mísseis caírem sobre os israelenses, muitas pessoas ficaram feridas.

Os mísseis atingiram ruas, casas, escolas, campos, prédios do Conselho Regional de Eshkol. Também nas cidades de Beersheva, Ashdod, Ashkelon, Láquis, trazendo pânico a população.

Temos um Estado de Israel a defender o nosso direito de existir, e uma grande comunidade cristã, que compreende a justiça ea verdade do nosso direito de Israel”!

Com essa frase Shlomo Riskin começa seu artigo publicado no Jerusalém Post , uma reflexão sobre o direto de Israel  existir  e viver em liberdade em sua própria terra.  

Desde os primórdios da sua Independência  que Israel precisa lutar, ora contra árabes, ora contra grupos palestinos isolados, ora contra terroristas, ora contra a própria Mídia para defender seus direitos. A coexistência entre grupos étnicos e religiosamente diferentes tem sido uma verdadeira batalha. De um lado Israel e as promessas de D-us para o seu povo, todas contidas na Bíblia. Do outro, palestinos inconformados que querem a todo custo dizimar a população israelense. 

A poucos dias da provável Conferência na ONU sobre um estado palestino, o que vemos é a ação de grupos terroristas atacando impiedosamente o Povo Escolhido, dezenas de feridos, pessoas apavoradas e muito sofrimento. A retaliação israelense é apenas uma auto defesa! Mas o que me chama atenção não é apenas a forma cruel e obsessiva do Hamas em atacar Israel, mas a quantidade de mísseis (80 ao todo só essa semana) que foram disparados sem qualquer tipo de receio!

É basicamente uma afronta! Uma investida desmedida como se eles não estivessem nem aí para a ONU ou para qualquer país envolvido na tal petição formulada pelo representante palestino.  A não ser que eles já estejam pensando que o mundo inteiro está a favor de suas reivindicações e que podem fazer o que quiserem! Espero que esse ataque a Israel repercuta  desfavoravelmente! 

Em seu artigo, o rabino Riskin afirma que esse sentimento de ódio a Israel vem do passado e que, apesar das tentativas de diversos acordos de paz e suas discussões ao longo dos anos, o povo árabe jamais concordou com a existência de Israel e insistem que eles são os donos do território. Todos os ensinamentos religiosos deles protegem essa linha de raciocínio e conduzem a população ao ódio e a menosprezar o povo judeu. É como se eles fossem o povo escolhido por Allah para habitar ali. Completamente contrário ao que a Palavra de D-us afirma.

Quando o Exército de Israel entrou em ação para tentar diminuir a ação terrorista passou a ser alvo da Liga Árabe que condenou os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza no domingo.  Eles disseram que a ONU deve tomar medidas para acabar com os ataques, em que 15 pessoas morreram. Ou seja, mudaram radicamente o foco do problema!

As Autoridades palestinas não tem poder para controlar os grupos terroristas, mas querem impedir Israel de se  defender! O cessar-fogo foi negociado e parece que mesmo assim, outros misséis foram disparados.  A tão sonhada paz fica cada vez mais distante. 

Enquanto o Ocidente se recusa a ter relações diplomáticas com o grupo Hamas porque ele se recusa a reconhecer Israel e renunciar à violência, afirma-se que o grupo recebe somas de dinheiro do Irã, que reconheceu o apoio financeiro e político ao Hamas.
 
Artigo exibido hoje no Haaretz informa que “Irã pode interomper seu apoio financeiro ao Hamas e que em um sinal de uma crise de liquidez, o governo do Hamas em Gaza não conseguiu pagar os salários de julho de seus 40.000 funcionários no serviço público e forças de segurança. Os líderes do Hamas prometeram o pagamento total em agosto, mas nem todos os funcionários receberam seus salários, como previsto, no domingo.

Em 2010. o Hamas colocou seu orçamento em Gaza em 540 milhões de dólares, com uma receita local de impostos sobre os comerciantes e sobre os bens trazidos de Israel e através de túneis de contrabando sob a fronteira egípcia contabilizando apenas 55 milhões de dólares."

Enquanto a "indústria" terrorista vive seus momentos de glória e crises, seus "altos e baixo", no lado israelense as famílias enlutadas enterram seus mortos com lágrimas e muita dor!  Quem os consolará? Quem trará alívio a uma mãe que perdeu sua criança? Ou a uma esposa que perdeu seu marido?













 Marion Vaz


sábado, 20 de agosto de 2011

Perfume – O Sagrado e o Profano



A origem da palavra perfume vem do latim: “per fumum”-  pela fumaça –o que nos  lembra que o perfume começou com “incenso” uma fragrância ofertada como sacrifício aos deuses, que possivelmente retrocede ao passado na história da humanidade: uma época em que tribos indo-européias ofertaram aos deuses substâncias com aroma agradável. Na história chinesa esses fatos podem ser confirmados pelas escavações recentes que encontraram materiais aromáticos em túmulos.

Nos dias de hoje, qualquer tipo de perfume em seus variados frascos são vendidos em drogarias, lojas, supermercados e em muitos outros lugares e principalmente, através de revendedores. O perfume, masculino ou feminino e até infantil abriu um mercado promissor na área comercial.

Encontramos no livro de Êxodos a construção do Tabernáculo e seus utensílios. No capítulo trinta (vs 22-26) observamos as instruções para a composição óleo santo para unção e a partir do versículo 34-36 o incenso para uso e instruções específicas para o serviço divino. Assim, os primeiros sacerdotes, Arão e seus filhos, foram ungidos com “óleo sagrado”. Samuel ungiu Saul e Davi para serem reis em Israel.

Em Em Gedi foram criadas plantações de bálsamos para o rei Josias. O referido bálsamo passaria a ser usado com fins medicinais. Escavações recentes descobriram nas colinas de Em Gedi, uma oficina completa com seus vasos e fornos para destilação do bálsamo.

As caravanas concorriam a Gileade, uma região pedregosa de território montanhoso ao oriente do Jordão. Os ricos comerciantes e enviados de reis e rainhas ou mesmo pessoas comuns, em busca do milagroso bálsamo de poderes medicinais. O bálsamo, de Gileade, era especiaria de luxo, presente valioso e usado também por mulheres egípcias que utilizavam o óleo para perfumar o corpo e os cabelos. Alguns povos utilizavam o bálsamo de Gileade para fabricar incenso e ofertavam-no em rituais pagãos.   

A Planta Cistus Creticus (nome cientifico) que é associada ao bálsamo de Gileade, era comum na região oriente do Jordão. As folhagens são muito perfumadas e algumas espécies exalam goma ou resina.

Os ingredientes de perfume ou incensos eram tão preciosos no mundo antigo que, muitas vezes, ultrapassavam o valor de ouro e prata. Eram usados para presentear reis como no caso da rainha de Sabá que trouxe perfumes a Salomão. A história no NT afirma que uma mulher derramou um frasco de ungüento de nardo puro sobre Jesus (Mc 14.3). 

O Talmud descreve a profissão de negociante de perfume como uma ocupação agradável. O Midrash informa que uma mulher usava o perfume no calcanhar para aumentava o poder de sedução. A literatura rabínica menciona um perfume extraído de uma glândula de um animal chamado Moshus natural do Nepal e Tiber.

O óleo perfumado para uso profano chamava-se de “óleo de boticário”. No livro de Provérbios encontramos o “óleo da alegria”.

No livro de Cânticos (1.13) encontramos um perfume em forma de grãos: Mirta. Algumas plantas para produção de perfumes eram importadas de longe, mas na terra de Israel encontramos a rosa, o narciso e o jasmim. A Bíblia informa uma variedade de substância utilizadas na fabricação de perfumes como a mirra, bálsamo condimentado, moshus, jacinto, amêndoas, canela, cálamo.

Os perfumes regionais na maioria eram os mais preferidos apesar da abundância e diversidade deles. O lírio (shoshana) “que só existia por causa do seu aroma” e que enfeitavam as mesas nos feriados judaicos e no shabat.

No Salmo 133 o “óleo precioso” usado na unção de Arão foi comparado à união entre os irmãos, algo tão bom, tão importante e indispensável como o orvalho que descia da região do Hermon aos montes de Tzion.


Parte do artigo de Frederick R. Lachman – Articulista do Jornal AufBau – Alemanhã

Traduzido por Vera Gottheim  - Revista Herança Judaica – páginas 47-50

Fonte das demais pesquisas: www.google.com



Bandeira de Israel





História do design:
 
Em 1948, depois de quase 2000 anos de exílio, o Estado de Israel foi restabelecido como o Lar Nacional Judaico. A nova bandeira foi apresentada na ONU em 1949. A bandeira é o símbolo do orgulho do retorno da Nação Judaica ao seu lar.

David Wolffsohn, que participou do Primeiro Congresso Sionista, em 1897, em Basiléia, Suíça, conta a história do nascimento da bandeira israelense: 

"A convite de nosso líder, Theodor Herzl, vim para a Basiléia para os preparativos para o Congresso. Entre muitos outros problemas que me ocupavam, havia um que continha algo da essência do problema judaico. Que bandeira seria pendurada no Salão do Congresso? Então tive uma idéia. Temos uma bandeira, e é azul e branca. O talit (manto de orações), com o qual nos cobrimos quando rezamos: este é nosso símbolo. Vamos tirar o talit de sua sacola e vamos desenrolá-lo perante os olhos de Israel e os de todas as nações. Então encomendei uma bandeira azul e branca com a Estrela de David pintada. Foi assim que a bandeira nacional de Israel, que esteve no Salão do Congresso, surgiu." 

As faixas azuis acima e abaixo da Maguen David nos lembram o talit. Quando vemos a bandeira de Israel, nos lembramos da fé e das orações de muitas gerações de judeus que esperaram o retorno ao seu Lar.

A palavra Maguen significa escudo, broquel, defesa, governante, homem armado. De acordo com a tradição judaica, este símbolo era desenhado, assim a estrela de seis pontas é chamada de “Maguen David e é um tradicional símbolo judaico. A história diz que David, rei de Israel, enfeitava seu escudo com a estrela de seis pontas. 

A estrela é composta por dois triângulos, um com a ponta para cima, outro para baixo. Um deles aponta para tudo que é espiritual e santo. O outro aponta para baixo, para tudo que é terreno. A estrela une os céus à terra e a terra aos céus. O Maguen David simboliza que Deus reina acima, embaixo e nos quatro pontos cardeais.

Não existe um símbolo judaico mais relevante. O símbolo recebeu o nome de David, que sempre confiou no Reino de Deus em todos os cantos do mundo e, por esta razão, não temia reis de carne e osso.

A Maguen David no centro da bandeira significa que Israel confia não apenas no seu exército mas, principalmente, na Fortaleza de Israel. "Israel, confia no Eterno, Ele é seu socorro e seu escudo" (Salmos, 115:9).