sábado, 28 de janeiro de 2012

Transformando Água em Sangue


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Uma das principais razões para o Êxodo do Egito ter um papel tão importante no Judaísmo (nós o mencionamos diariamente em nossas preces) é que o Êxodo original simboliza o êxodo espiritual diário que deve ocorrer na vida de um judeu. 

A palavra hebraica para Egito, Mitsrayim, vem do radical Meitzar, que significa limitações e obstáculos. Cabe a cada indivíduo liberar-se de suas próprias limitações internas, liberando assim sua alma Divina para expressar-se e buscar a plenitude espiritual.

A Porção desta semana da Torá, Vaerá, nos fala do início dos eventos que levaram os judeus do cativeiro à triunfante libertação. Ao estudar as circunstâncias do Êxodo do Egito, vemos de que maneira podemos aplicar estas lições a nossa jornada pessoal e espiritual.

A primeira praga a afligir os egípcios foi o sangue; cada gota de água do país foi afetada. Portanto, o primeiro passo rumo à libertação espiritual deve ser algo conectado com a transformação de "água" em "sangue".

A água simboliza a tranquilidade, e falta de entusiasmo emocional. O sangue, por outro lado, é um símbolo de calor, entusiasmo e fervor. A Torá pergunta a cada judeu: Você deseja realmente sair do "Egito", superar suas limitações auto-impostas?

A primeira coisa que você deve fazer é transformar sua "água" em "sangue". Transforme sua apatia e inércia em entusiasmo e amor para com a Torá e mitzvot (mandamentos). Infunda em sua vida o calor e o fervor dirigidos a D’us e à santidade.

Alguém poderia alegar: "Não basta que eu cumpra as mitzvot, estude Torá e evite o que é proibido? Não sou um bom judeu, mesmo que não sinta entusiasmo por aquilo que faço?"

A filosofia chassídica explica que frieza e apatia é a fonte de todo o mal. Quando alguém é frio em relação a algo, isso significa que é totalmente desinteressado naquilo. Vemos que quando alguém que nos é caro ao coração é mencionado, nosso pulso se acelera e nos "aquece". A frieza mostra o desempenho mecânico dos mandamentos e termina por levar à deterioração espiritual.

A primeira ação a ser feita para a libertação espiritual é substituir nossa morna dedicação ao Judaísmo com calor e entusiasmo. Devemos pelo menos ser tão entusiasmados pelo Judaísmo quanto somos a respeito das outras facetas de nossa vida.

Uma das maneiras práticas de expressar isso é quando cumprimos uma mitzvá de maneira particularmente especial. O desejo de aumentar nossa observância nos leva a cumprir os preceitos do Judaísmo por amor. 

Este, então, é o primeiro passo rumo à nossa saída do Egito e ao final de nosso exílio coletivo.


Fonte:

http://www.pt.chabad.org/parshah/default_cdo/aid/602368/jewish/Vaer.htm


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