quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mar Morto está Morrendo?



O Mar Morto foi eleito uma da Maravilhas do Mundo neste ano de 2012. Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 quilômetros e a uma largura máxima de 18 km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha Jordânia e Israel.

 



Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a se estabilizar, paralelamente a estudos que levem à sua conservação e preservação; portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro.

No entanto, Israel, Jordânia e a Autoridade Palestina assinaram um acordo para a construção de um encanamento que levará a água do Mar Vermelho para o Mar Morto. Israel vai construir uma usina de dessalinização em Aqaba para abastecer a Jordânia e o concentrado de água dessalinizada será transferido para o Mar Morto para salvá-lo de secagem,



A região do Sul do Mar Morto é um dos lugares mais inóspitos e áridos do Mundo, e devido a grande quantidade de sal no solo e o ar, a sobrevivência nesta região é quase impossível, por isso, há também escassez da presença de animais na região.





Além da aridez, nesta região há uma montanha chamada Monte Sodoma, um verdadeiro fenômeno geológico que emergiu de dentro do que hoje conhecemos como o Mar Morto, repleto de colinas áridas cuja composição básica é o Sal, Enxofre, Calcário e Gesso, e por causa das chuvas, as paredes da montanha desenvolveram formas únicas.




Fonte:  http://www.cafetorah.com/

 

Diversidade e Religiosidade



No mundo ocidental, em sua maioria países cristãos, dezembro é o mês das festividades natalinas. Mês de muitas atividades comerciais, de enfeitar as casas e lojas, comemorações em família com presentes, saudando o nascimento do menino Jesus.

Israel tem a sua própria religião. O Judaísmo é a religião oficial do pais, embora haja outros grupos de pessoas e cada qual com a sua diversidade e fé. Assim, judeus, mulçumanos, cristãos, messiânicos e outros contribuem de forma natural para esse fim.

Embora haja diferenças religiosas, em muitos lugares as pessoas se respeitam mutuamente. Em Israel, berço dos mais importantes acontecimentos da história bíblica, há muitos cristãos e nesta época, mesmo com o calendário judaico sendo o oficial método de contagem dos dias e anos, muitas famílias e visitantes comemoraram o natal.




Netanyahu, Primeiro Ministro, deu a sua cordial felicitação aos cristãos. Ele encerra seu discurso abençoando a todos os cristãos, desejando-os um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de prosperidades.



Shimon Peres, Presidente do Estado de Israel, visitou a cidade de Ramle, onde dezenas de milhares de judeus, cristãos e muçulmanos vivem em harmonia, em uma cidade próxima a Tel Aviv. Ele foi recebido na igreja católica franciscana por autoridades cristãs e pelas crianças da comunidade cristã em Ramle.



As cidade de Nazaré e Beit Lehem receberam inúmeros visitantes e fieis de todo o mundo que vieram ao país para conhecer ou rever os lugares sagrados do Cristianismo. Reuniões em igrejas mantinham os fieis com seus corações voltados para a paz e harmonia.



Marion Vaz

Fonte das imagens: Haaretz



 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sistema de Táxis Flutuantes em Tel Aviv - SkyTran

Modelo
 


Em meados de 2014 a cidade mais congestionada de Israel começará a construir o que promete ser o meio de transporte mais moderno e de fácil massificação já criado. O SkyTran é o primeiro monotrilho de levitação magnética que foi desenvolvido com tecnologia espacial no Space Ames Research Center da NASA e criado em conjunto com a empresa norte-americana SkyTran.

Os designers do projeto em Tel Aviv, Israel, asseguram que os passageiros poderão pedir um táxi através de uma página na internet ou um aplicativo de celular, que o preço de sua passagem será mais barato que o de um táxi convencional e que, com a implantação de painéis solares, ele se tornará o meio de transporte mais ecológico do mundo.

Resolver a questão do transporte nas cidades de hoje e do futuro parece ser uma das maiores preocupações de engenheiros e urbanistas. Ao redor do mundo não tem faltado criatividade para propor soluções tecnológicas, práticas e/ou ecológicas, como os  taxis ecológicos que usam lítio, o Personal Rapid Transit de Abu Dhabi e o trem de levitação magnética, criado recentemente no Japão.
No entanto, nenhum destes novos meios de transportes foram massificados, principalmente devido ao seu alto custo. O SkyTran poderá mudar isso.

Este moderno modelo de transporte foi proposto pela primeira vez em 1990 pelo inventor Douglas Malewicki. É um sistema de Personal Rapid Transit (PRT)  que contempla pequenos veículos para quatro passageiros e não necessita de um condutor, pois seu movimento é automatizado. Graças ao eletromagnetismo, estes veículos em forma de cápsulas, são suspensos sobre as ruas através de um sistema de trilhos de levitação magnética passiva.

Segundo seus criadores, o SkyTran possui um sistema de infraestrutura tão simples que requer investimento muito baixo em comparação com os trens ou metrôs tradicionais, garantindo sua popularização...

A estreia do SkyTran em Tel Aviv

 


Em Tel Aviv, tanto o município como o Governo de Israel investiram para construir um primeiro monotrilho de 6,5 quilômetros de comprimento, com um custo aproximado de 50 milhões de dólares.

Os monotrilhos estarão a 6 metros acima das ruas, as paradas de embarque foram colocadas a uma distância de cerca de 400 metros e, ao aproximar-se a cada estação, o táxi passará por uma plataforma secundária, sem interromper o tráfego.

A construção da primeira seção em Tel Aviv levará cerca de 18 meses e, uma vez em operação, ainda que a velocidade máxima seja de 241 km/h, os engenheiros alertam que as condições reais da cidade o seu deslocamento deve ser muito mais lento. No entanto, as autoridades locais estão confiantes de que os problemas de tráfego diminuirão.

No projeto inicial, cada cápsula é carregada com energia, no entanto, posteriormente o monotrilho será equipado com painéis solares. Assim, o táxi SkyTran tornar-se-á o transporte público mais ecológico no mundo.



 Fonte:http://itrade.gov.il/brazil/?p=2076

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Uma Mensagem de Chanukiá



A Chanukiá simboliza a humanidade. Cada vela representa o ser humano, uma vez que "a alma do homem é a vela de D'us" (Provérbios 20:27). O Shamash - a vela com a qual acendemos as demais - representa nosso desafio perante o mundo em que vivemos.
 

Decoração de Chanukah nas ruas de Jerusalém


Em nosso cotidiano, frequentemente nos deparamos com pessoas cujos "pavios" estão apagados. São aquelas que, por qualquer motivo, estão tristes, sozinhas, desamparadas ou abandonadas. A escuridão de suas vidas torna-se cada vez mais densa à medida que seus objetivos parecem-lhe mais e mais distantes ou até mesmo impossíveis. Pessoas estas que não precisam de muito; apenas de nossa atenção, carinho, amor e dedicação. Mesmo em meio à multidão, não conseguem ver sua chama brilhar; não são vistas.



Nossa missão é doar nosso brilho e fazer com que elas tenham calor humano correndo em suas veias. Compete-nos fazer com que se sintam amadas, respeitadas, valorizadas e especiais. Mas é importante notar que todas estão no mesmo nível. E, mais fundamental ainda: a Mitzvá só é cumprida em sua plenitude quando todas as velas são acesas em conjunto. Somente unidos - juntos e presos pelos mais resistentes elos da dedicação ao outro - poderemos garantir que Chanucá continue sendo motivo de orgulho por gerações.




Baruch Ata Ado-nai Elo-henu Melech haolam, asher kidshanu bemitzvotav vetzivanu lehadlik ner shel Chanucá.
 
Bendito sejas Tu, Senhor, Nosso D'us, Rei do Universo que nos santificaste com tuas ordens e nos comandaste que acendêssemos as velas de Chanucá.

Fonte: http://www.netjudaica.com.br/chaguim/




 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Museu de Jerusalém exibe trajetória da Bíblia



 
"Fragmentos originais das bíblias mais antigas do mundo, alguns de quase 2 mil anos, reúnem-se em Jerusalém, em “O Livro dos Livros”, uma exposição que traça o caminho do Judaísmo e do Cristianismo ao longo da história.

Recentemente inaugurada no Museu das Terras da Bíblia, a exposição apresenta manuscritos, objetos e documentos impressos que lançam luz sobre o papel desempenhado pelo texto sagrado na civilização ocidental.
 
 

“A exposição é a primeira já feita no mundo que mostra de maneira equilibrada as histórias do Tanach (Bíblia judaica), e do Novo Testamento que compõem a Bíblia cristã”, disse à Agência Efe Amanda Weiss, diretora do Museu, que abrigará a exposição até abril de 2014.

Ao longo dos corredores, o visitante percorre de forma cronológica a aparição dos primeiros manuscritos bíblicos, assim como as raízes judaicas do Cristianismo, a propagação da fé monoteísta pelo Mediterrâneo, suas interpretações e posteriores representações.

Uma fraca luz ilumina as vitrines onde estão primitivos papiros escritos em hebraico e aramaico, manuscritos em grego, latim e siríaco dos primeiros séculos de nossa era, assim como volumes medievais que pouco a pouco vão reduzindo seu tamanho até a aparição da impressão, época dourada da difusão bíblica.

“Trata-se de uma combinação incomum de documentos bíblicos e comentários importantes e transcendentais jamais encontrados e reunidos nesta exclusiva exibição”, ressalta Weiss.

São mais de 200 obras que vão desde a tradução antiga do Livro para o grego nos primeiros séculos depois de Cristo, até códices iluminados, raros manuscritos judeus da Torá procedentes da famosa Genizá (depósito de livros sagrados em desuso) no Cairo, fragmentos de uma Bíblia de Gutenberg e um volume completo de um de seus discípulos.



O ponto de início é um fac símile de um dos rolos do Mar Morto achados em uma caverna de Qumran, cujos originais estão em Amã e tentam competir com o restante que repousam no Museu de Israel, chamado de “Santuário do Livro”.

“Esta é a primeira vez que este texto é apresentado em Israel. Está escrito em hebraico e menciona as regras da comunidade que vivia ali” no século I, explica o responsável do Departamento de Educação do Museu, Jehuda Kaplan.

Outra parada são os fragmentos da Septuaginta (versão da Bíblia hebraica para o grego koiné) com versículos do Êxodo, do Deuteronômio e o Livro de Isaías, reflexo do vínculo inevitável entre o Protocristianismo e o Judaísmo.

“Trata-se das primeiras traduções gregas, tanto da Bíblia hebraica como do Novo Testamento”, diz Kaplan sobre estes escritos dos séculos III e IV, descoberto no Egito.

A exposição não consegue responder à grande dúvida de se as primeiras Bíblias cristãs foram escritas diretamente em grego, a língua dos cultos da época, ou traduzidas do hebraico ou aramaico.

São exibidas também duas folhas de uma das 180 bíblias de Gutenberg do ano de 1455, que marcaram o início da “Idade da Imprensa” e a réplica de uma impressão da época.

Figuram, além disso, bíblias de Lutero, outra que pertenceu ao rei Henrique VIII da Inglaterra, dedicada de próprio punho a um parente, e vários volumes da versão popular do rei Jaime I da Inglaterra.


Ressaltam também as ilustradas de quando o texto escapou do controle da Igreja e serviam para educar o povo, como uma que contém passagens da vida de Cristo junto a desenhos relativos ao Antigo Testamento como episódios de Jonas e Sansão.

A exclusiva coleção iniciou em Jerusalém uma viagem que a levará ao Vaticano, uma simbólica jornada que busca contar o que as religiões monoteístas fizeram há dois mil anos."


Fontes:
http://noticias.gospelprime.com.br/museu-fragmentos-biblia-jerusalem/

 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sketchbook Tours


 

Já mencionei em outros textos sobre a cultura de parques e jardins em Israel. Hoje descobri algo novo e gostaria de dividir com os leitores. Uma ótima e nova atividade para famílias com crianças e adolescentes que gostam de desenho ou querem aprender mais sobre a arte.

Sketchbook Tours é um workshop interativo que permite aos visitantes para se conectar ao seu redor. Tours são oferecidos durante todo o ano e podem ser organizados por grupos privados.

Cadernos fazer mobile art - Criar desenhos inspirados no ambiente imediato e desenvolver a capacidade de se concentrar no que é realmente visto. As ideias originais de cada indivíduo provêm de aprendizagem através da descoberta, do pensamento criativo e de usar a imaginação. É expandir o seu pensamento criativo.


Divirta-se criando desenhos através de um tour interativo da aldeia de Ein Kerem, Jerusalém. Experimente o ambiente natural, a bela arquitetura, jardins e vista para a montanha. Faça esboços de seus próprios espaços favoritos e marcos inspiradores em Ein Kerem, como a primavera natural. Desenhe o que você vê e adicionar elementos de sua imaginação.

 
O workshop começa com um passeio e discussão da aldeia como um grupo, uma vez que cada indivíduo faz desenhos rápidos e notas sobre itens que são inspiradoras para ele / ela como artista. Seguido por um período de desenho - desenvolver os desenhos de objetos, arquitetura e espaços previamente gravados.


Os Espaços inspirados incluem o Maayan (Primavera de Maria), o Jardim das Irmãs de Notre Dame, que está situado à beira de uma montanha com vista sobre uma vasta paisagem, dois trabalham / girando moinhos de água e os edifícios originais e bonitos de pedra.
Como um bônus, você verá uma grande coleção de cacatua aves vivas.

Divirta-se em turnê suas galerias favoritas do Museu de Israel, com base em um tour interativo, o que aumenta o seu conhecimento e criatividade. Faça esboços de obras de arte, objetos históricos e exposições e seus espaços envolventes. Criar um livro significativo de seu próprio país, cheio de arte e ideias, o que pode ser a sua própria "biblioteca”.



Sketchbook – Blocos de desenho, cadernos de desenho.

Sketchbook Tour Guide: Polly é um graduado da Parsons School of Design , NYC , um ex- artista / educador no Whitney Museum of American Art, Nova York e Fulbright Scholar , que criou um projeto de um ano que combina arte e arqueologia em Chipre

Custo: 120 NIS por pessoa ( inclui suprimentos , entrada do museu é a taxa adicional)
Turismo Times: Tours estão listados em nosso calendário e também pode ser agendada em particular.

Fonte:
http://www.funinjerusalem.com/en/arts-a-crafts/442-sketchbook-tours-in-jerusalem.html
 

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Jerusalém

 



As pessoas costumam dizer que não há nenhuma cidade como Jerusalém. Há muito tempo se tem dito que Jerusalém tem duas naturezas: a "espiritual" e a "terrena". Algumas vezes os visitantes acham que seus elementos "terrenos" são iguais aos de qualquer outra cidade - talvez ainda mais; pois enquanto você caminha pelas ruas da Cidade Murada, mesmo nos seus locais sagrados, procurando os momentos espirituais que sempre imaginou ter, ocasionalmente você poderá ser empurrado pela multidão, que parece não ter o mínimo respeito pelo seu espaço!

 
 
Cidade Murada de Jerusalém


Mas é possível que o "respeito pelo espaço" tenha sido inventado em Jerusalém. Pois afinal, Deus disse sobre a cidade: "Aqui estará o meu nome!" (1 Reis 8:29). E você quer vir aqui porque quer estar no local onde a tradição diz que Abraão esteve um momento antes do anjo impedi-lo de sacrificar o seu filho, Isaque.
 
 
Monte do Templo
 
Você quer vir a Jerusalém porque no Monte das Oliveiras você pode ver a cidade estendida a sua frente, flutuando como uma visão inigualável. Você quer estar aqui para descer o Monte das Oliveiras e escutar os ecos das multidões gritando "Hosanas!". Você quer poder sentir a sua fé fortalecer enquanto reza sob as oliveiras antigas no Jardim do Getsêmani. Você quer estar em Gólgota e contemplar uma tumba vazia.
 
 
Jardim do Getsêmani
 
 
Você quer restaurar a sua visão, como o cego na Piscina de Siloam, onde todos os dias, sob as hábeis mãos dos arqueólogos, reconhecem as pedras daquele lugar. Você quer celebrar aqui, com o povo judeu, durante as festas bíblicas, a ascensão à Cidade Sagrada – Tabernáculo (Sucót)Páscoa (Pessach) e Pentecostes (Shavuót).

 
Kotel

 
Você virá porque quer aprender o que realmente é um "lugar sagrado". É aqui o melhor lugar para você reviver os momentos de quando Jesus andou por estradas como estas, carregando a cruz. Aqui você começa a entender como 2000 anos depois as multidões ainda se empurram para ter mais espaço, ainda ignoram as necessidades dos outros – ou se oferecem para ajudar a uma pessoa estranha, transbordando compaixão; os vendedores ainda competem pela sua atenção e o ar está cheio com os aromas de canela, mirra, coentro e sálvia. E é nesse momento que você entende o que é um "local sagrado". 
 
 
Torre de Davi
 

Porque isto é o que você busca, isto é o que lhe leva a Jerusalém, você verá que quando estiver aqui poderá se mover mais facilmente entre os reinos do material e do celestial, e fazer sua, a Cidade Santa.

 
 
Cidade nova de Jerusalém
 
 

Fonte:  http://www.goisrael.com.br/

 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

De uma Visão do Vale de Ossos Secos para a Visão da Nação de Israel





Novamente fui invadida por aquele sentimento que me obriga a esclarecer certos fatos em relação ao direito de Israel dispor de seu território para valorizar e ambientar áreas, a fim de promover qualidade de vida para os moradores de Jerusalém e demais regiões.



Após ler outro artigo na Internet sobre os chamados “assentamentos” volto a discutir o entrave,  visto que os autores se expressam a seu bem prazer sem deixar margem até para que o leitor exponha sua opinião. No último artigo a seção de comentários estava lacrada sendo expostos apenas os comentários que melhor se “adaptavam” ao texto. Enfim...

No livro do profeta Ezequiel é que encontramos a seguinte informação já comentada no artigo Nunca mais serão duas nações, mas vejamos a que o texto bíblico se refere:

Primeiro o profeta Ezequiel foi levado a um vale e viu milhares e milhares de ossos, já secos pelo tempo que estavam expostos. A pergunta foi mais impressionante ainda: Poderão viver esses ossos? Diante da expectativa do homem de D-us, o próprio Senhor toma a iniciativa de ordenar a Ezequiel que profetizasse tal feito.

O que se dá em seguida um ruído e perante os olhos do profeta, os ossos começam a se mexer e cada osso procurou o seu osso. Aos poucos foram se formando parte do corpo humano e milhares de corpos agrupados lado a lado, em fileiras paralelas até onde a visão do profeta podia alcançar.

Descrevendo assim, nem parece a mesma passagem bíblica tão mencionada em reuniões religiosas não é mesmo? O certo que sobre os corpos foram surgindo nervos, carne e pele até que fossem identificados como pessoas.

Mas faltava algo: O Espírito. E Ezequiel foi informado que deveria profetizar sobre eles. E o Senhor ordenou que de 4 ventos (lugares) viesse o Espírito sobre eles. O que se formou segundo as Escrituras Sagradas foi um “exército grande em extremo” (v. 10). O próprio D-us afirmou que aqueles ossos eram toda a Casa de Israel. E que embora o sentimento fosse de derrota, de destruição, exemplificado pelos ossos secos, o Senhor Todo Poderoso os traria de volta a sua terra (v.12). E que eles não seriam um povo pequeno, sem expressão, mas sim um grande e poderoso exército!


Novos bairros em Jerusalém

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
       Aliá
 
 
Entendemos assim que as Aliás, o surgimento do Estado de Israel (1948) e até mesmo os “assentamentos” fazem parte das profecias bíblicas e se cumprem em nossos dias.                                                                                                                         

Após a visão do vale dos ossos secos o profeta faz menção a uma ordem de Deus concernente a Israel. A partir do versículo 15 Ezequiel recebe a autorização de unir duas varas, cujo significado reflete na união dos reinos de Israel e Judá, divididos após a morte de Salomão. Num pedaço de madeira o profeta deveria escrever “por Judá”, no outro “por José”. As duas varas ficariam unidas na mão de Ezequiel. O significado desse ato é revelado no versículo 22: “nunca mais serão duas nações, nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos”.

Uma leitura minuciosa do capítulo aponta para o ressurgimento de Israel como nação em seu território, o que aconteceu em outros episódios da História e particularmente em 1948.
O versículo 21 mostra o desejo de D-us no retorno do seu povo espalhado por todos os cantos do mundo para a terra prometida aos patriarcas Abrão, Isaque e Jacó. O episódio é comemorado hoje em Israel como Yom Haatzmaut - Dia da Independência. Mas o texto também menciona o reinado de Davi e um descendente que sentaria em seu trono para sempre, o que nos leva ao Milênio, quando o Mashiach de Israel reinará e trará a paz para toda a terra (vs 24-28).

Eu não entendo essa obstinação em criar um estado dentro de Israel e criticar o desenvolvimento de Jerusalém. Imensas áreas são pavimentadas e modernizadas aumentando a qualidade de vida. Interessante é que o texto de Ezequiel é bem claro ao afirmar que “nunca mais serão duas nações, nunca mais para o futuro se dividirão em dois reinos”.
Sendo assim, antes das famosas críticas ao Estado de Israel e suas melhorias em diversas regiões, é preciso percorrer um caminho: As páginas da Bíblia.


Marion Vaz

domingo, 13 de outubro de 2013

Tributo a Yitzhak Rabin




Yitzhak Rabin foi um general e político israelense. Quinto primeiro-ministro de Israel.

Cerca de 30 mil pessoas, a maioria jovens, se concentraram neste sábado em Tel Aviv para lembrar o 18º aniversário do assassinato do ex-primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, pelas mãos de um ultradireitista judeu.

 

sábado, 12 de outubro de 2013

Israel - Perspectiva através do Tempo

 

Os Patriarcas  Afirmamos que a história registrada no livro de Gênesis no Primeiro Testamento dá início à formação do povo judeu. Tudo começa com o patriarca Abrão, ele sai de sua cidade de Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia, em direção à terra que ainda lhe seria revelada. Ao tomar posse das promessas de Deus foi abençoado e mais tarde se tornaria uma grande nação. O encontro com Deus deve ter sido algo extraordinário, que abalou a estrutura física e emocional deste homem e o direcionou para uma nova vida:


"Pela fé, Abrão sendo chamado, obedeceu e saiu para um lugar que haveria de receber por herança e saiu sem saber para onde iria". Hebreus 11.8



 
  A terra da peregrinação chamava-se Canaã, mais tarde, Israel. Isaque e Jacó herdeiros da mesma promessa, mantém a mesma conduta de fé e obediência. Num período de escassez de alimento, Jacó e seus filhos emigraram para a terra do Egito, onde José era governador. Após a morte deste, seguiram-se anos de angústias.  Os Bney Yaacov tornaram-se escravos.

Moisés surge no cenário como um libertador nomeado pelo próprio Deus. A comunhão entre eles tornar-se-ia algo surpreendente. Depois de várias entrevistas com Faraó e dez pragas que praticamente assolaram os egípcios, o povo é liberado. Eles testemunham a força do seu Deus e os milagres acontecem, um após outro. A travessia pelo Mar Vermelho é um momento histórico a ser lembrado de geração em geração. E Moisés conduz o povo pelo deserto, num período de quarenta anos.

O povo escravizado por quatrocentos anos agora caminhava em direção à liberdade. Anos que serviram para estruturar Israel tanto na esfera religiosa como civil. As areias quentes do deserto observam meninos se transformarem em homens fortes e corajosos.

Os Dez Mandamentos e a Lei, recebidas no monte Sinai, formam a base da religião mosaica. O Tabernáculo é erguido, surgem os sacrifícios e as festas.

A caminhada chega ao fim e a Terra Prometida é admirada por Moisés do monte Nebo. Ali ele morre e é enterrado.


A conquista e a divisão das terras pelas doze tribos sob a liderança de Josué marca um novo período da história. O novo líder é um homem com coragem bastante para assumir uma posição diante do povo e do seu Deus (Js.24.15).

As doze tribos de Israel estabeleceram seus territórios: Ruben, Simeão, Manassés, Judá, Isaacar, Zebulom, Efraim, Benjamim, Dã, Naftali, Gade e Aser. Mas existia outra etapa a ser vencida: O povo nômade enfrentava agora os problemas e as dificuldades de uma vida segregaria.

Após a morte de Josué, a liderança do povo fica a cargo dos Juízes. Esses homens eram nomeados por Deus, à medida que Israel era subjugado por outros povos que viviam ao redor. Os juízes lideravam os hebreus e avaliavam as questões internas. A Bíblia cita alguns deles: Otniel, Eude, Sangar, Débora, Gideão, Abimeleque, Tola, Jair, Jefté, Ibzá, Elon, Abdom, Sansão, Eli, Samuel. Eles combatiam com os povos Moabitas, Midianitas, Amonitas e Filisteus.

 
Monarquia
 

De repente, eles perceberam que era hora de Israel ter de um governo centralizado, uma liderança que administrasse todo o território. Eles pedem um rei.
 

Samuel se sente constrangido em comentar o assunto com Deus, mas Israel precisava ser igual aos outros povos para se impor perante eles. Os anciões confiaram na autoridade de Samuel e no seu discernimento. O período monárquico é instituído por Saul. Ele foi escolhido por Deus, ungido e cheio do Espírito de Deus (1 Sm 10). Com o passar dos anos seguem-se conflitos internos.

Davi, o próximo rei entra para a história como "um homem segundo o coração de Deus". É ele que converte a cidade dos jebusitas na capital de Israel. Quarenta anos de reinados garantem o domínio sobre os povos e a conquista do território – um homem de muitas guerras, mas um homem sincero diante do seu Deus. Muitos dos salmos de adoração foram compostos por ele. Salmos que indicam sua comunhão, seu temor, sua gratidão e sua total dependência do Todo Poderoso.

Mas é no reinado de Salomão que o Templo é construído. Sua sabedoria atrai centenas de pessoas e ele escreve seus provérbios. Salomão faz casamentos políticos e fortificações estratégicas por todo o território.





O monarca centrou suas ações no desenvolvimento econômico com o domínio das principais vias de comércio.

Mas errou quando desobedeceu a Deus e contraiu matrimônio com mulheres idólatras. Elas corromperam o coração dele
consequentemente de todo o povo, com seus altares espalhados por todos os lugares. Os muitos impostos para manter o reino causaram decepções populares.

Uma rebelião após a morte de Salomão e diversos conflitos internos divide o reino. As dez tribos do norte passam a se chamar Israel. Jeroboão constrói altares e transfere o centro religioso para Betel e Dã. Ao sul, passa a reinar Roboão e Jerusalém continua a dominar a vida espiritual de Judá. Sucessivos reinados nos dois territórios marcam um período de constantes mudanças espirituais.


Cativeiro e Retorno

 
Apesar de todos os esforços dos profetas em advertir o povo contra a idolatria que assolava a casa de Israel e da iminência do castigo de Deus, o reino do norte introduz ainda com mais descaso, o culto a Baal. A idolatria atinge a ala dos sacerdotes. O Império assírio conquista o norte do país e uma deportação em massa, deixa o território abandonado.

Os gravíssimos acontecimentos parecem não ter aterrorizado Judá por muito tempo. As abominações invadem a vida diária do povo e um novo Império surge como grande ameaça. Nabucodonozor cerca Jerusalém.

O Templo é destruído, o povo contempla os muros e as portas

devoradas pelo fogo. A cidade fica completamente arrasada e o povo caminha numa marcha lenta para a Babilônia.

Setenta anos de cativeiro marcam um período de arrependimento e tristeza: "junto aos rios de Babilônia nos assentamos e choramos lembrando-nos de Sião" (Salmo 137.1). Essa triste canção transformada em versos por Luis de Camões no século XVI, foi uma chama acessa da esperança de retornarem a terra de Sion.

O Imperador Ciro ascende ao trono e o seu domínio estende-se até a Babilônia. Cumprem-se as palavras do profeta Jeremias e o povo retorna a sua terra. A primeira leva de judeus que chegou a Jerusalém trouxe os pertences do Templo que Nabucodonozor havia levado.

A reconstrução do Templo e da cidade foi marcada por sucessivas investidas contrárias por parte dos samaritanos. Ataques frequentes de beduínos do deserto e edomitas atraídos pelo desejo de roubar tais tesouros, também contribuem para desanimar o povo. Intrigas junto à corte persa paralisam a obra até o decreto do rei Dario (Esdras 4.24).

Ageu e Zacarias profetizam ao povo incitando-os a continuar a edificação da casa de Deus. Uma nova correspondência é enviada ao rei mostrando o decreto de Ciro que dava aos

judeus o direito de reconstruir Jerusalém. Uma leitura minuciosa dos textos bíblicos nos revela as dificuldades enfrentadas por esses judeus. A todo instante eram abordados e intimidados. Anos após anos.

Sob a liderança de Esdras e Neemias Jerusalém torna-se novamente fortificada. A dedicação incondicional desses homens na reestruturação da sociedade judaica marca o início de uma nova etapa na história de Israel. Esdras se destaca como escriba.


"Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor e para a cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos" (Esdras 7.10).

 
Ele reuniu todos os livros dispersos, retificando os textos e o povo foi convocado para ouvir a Lei. Houve arrependimento e grande choro. Severas exigências e punições foram tomadas para trazer o povo a uma nova realidade: Os judeus haviam transgredido os Mandamentos (Mitzvot) do seu Deus. Neemias traz de volta o sentimento de devoção incondicional ao Eterno, mesmo que pra isso tenha tomado medidas drásticas conforme se lê no capítulo 13.25 do seu livro.


Outros Impérios se levantaram e a terra de Israel estava no caminho deles. Os gregos sucederam aos persas, e os romanos aos gregos. Contudo os judeus lutaram heroicamente para preservar sua identidade e seus valores, e mais que tudo, a liberdade de governar o seu próprio povo. Quatro séculos marcaram a sobrevivência das tradições.


 


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