sábado, 11 de maio de 2013

Rechovot – Crescemos nesta terra



A expressão usada pelo patriarca Isaac (Gn 26.22) mostra a sua satisfação pessoal ao prevalecer sobre os moradores de Gerar. Observando o texto bíblico entendemos que também é uma declaração de louvor a D-us pela possessão do território. A frase mostra claramente isso:  “Porque agora nos alargou o Senhor e crescemos nesta terra”.

A promessa de posse feita a Abraão quando ele ainda vivia em Ur dos Caldeus, agora era uma realidade para o filho que vivenciava os mesmo problemas. Abraão ainda com o nome de Avran não temeu as incertezas, mas foi ao encontro do favor de D-us e chegou ao pequeno e estreito território de Israel onde começou uma história, um legado, e uma definição de fé monoteísta. 

A ordem era percorrer a terra em seu cumprimento e largura (Gn 13.17). A cada passo o patriarca explorava o território, visualizava cidades, montanhas, desertos. Sentia as diferenças ambientais. Mantinha comunhão com o Eterno e erguia altares. A cada altar uma cidade se  estabelecia: Beit El 12.8; Hevron 13.18; Beersheva 21.33; Moriah 22.13-14).

A mesma promessa (Gn 15.18) e os mesmos compromissos com D-us passaram para as gerações seguintes. Yitzhak, o filho da promessa, era agora um andarilho, procurando pastos para o gado e cavando poços.

A história bíblica mostra que ele percorreu quase os mesmo caminhos do pai (Gn 26.18), pois desenterrou os poços que o patriarca havia cavado e numa disputa por território os filisteus taparam tudo  após a morte de Abraão.

Interessante notar que toda hostilidade e contenda dos filisteus contra Isaac é eternizada para a posteridade em forma de dois nomes dados aos lugares em que os poços foram requeridos: Essec – Luta, contenda;  Sítna – distúrbio - hostilidade (26.21-22).

Rechovot – O nome dado ao terceiro poço tem uma conotação diferente – O seu significado “Alívio”  ou “espaço amplo” indica que Yitzhak  venceu, não  apenas uma disputa pela posse da água, mas uma verdadeira guerra, tanto no sentido material como no sentido espiritual. Percebemos isso quando ele exalta o poder de D-us ao abençoa-lo.

As disputas, as guerras, as contendas seja lá pelo que for, onde quer que Israel esteja reivindicando algo, serão difíceis de vencer. Sempre haverá hostilidade, principalmente em se tratando de jogo de interesses.

No artigo Os Três Poços há uma referência muito interessante a respeito de Sitna:
 “Sitna não é ainda o final. Há um caminho que precisa ser percorrido até alcançarmos aquilo que o Eterno tem para nós como um legado – herança – eterno!”

Em Israel encontramos a cidade de Rehovot , ela não fica próxima aquela mencionada na Bíblia, mas “foi uma das primeiras comunidades fundadas no Estado de Israel moderno, está localizada no centro do país.

Sportek Center Being Built Now


A cidade fundada em 1890 tem hoje uma população de 114 mil pessoas e é conhecida por sua agricultura e de alta tecnologia. Está convenientemente localizada a cerca de 20 quilômetros ao sul de Tel Aviv e é conhecida como a Cidade da Ciência e da Cultura. Também é conhecida como a capital citrus de Israel e o emblema da cidade exibe um microscópio, livro e laranja. A empresa israelense Evofuel em parceria com o Brasil investe em combustível alternativo.





Voltando ao assunto do artigo, por menor que seja o território de Israel em relação aos demais, essa guerra constante, essa hostilidade não ficou só no passado.  Ela atravessou a linha do tempo e chegou aos nossos dias. A contenda pelos “poços”  fica cada vez mais visível a cada matéria publicada na Mídia, a cada acusação que desfavorece o Estado de Israel em função de grupos políticos e contenciosos.

O conflito gerado por informações distorcidas amortecem a consciência humana e prejudicam o entendimento quanto ao direito de Israel em relação à extensão de toda a sua terra. Em uma matéria falando sobre os problemas na festividade de Iom Yerushalaim, em seu conteúdo usava a expressão “território ocupado” relacionando-o a cidade de Jerusalém. Esse e outros exemplos podem servir de alerta quando a necessidade de mudança no uso desses termos.

Como bem escreveu o rabino Mário Moreno em seu artigo: Sitna realmente não é o final! Embora o artigo tenha um sentido mais espiritual,  afirmo que há muito que explorar e requerer e conquistar.

E apesar dos inimigos e suas vis artimanhas continuarem com suas ofensivas,  existe um destino: Rechovot – a ser conquistado. Nosso espaço amplo, nossas terras, nossas vilas e bairros que são ampliados e reconstruídos (que o  mundo chama de assentamentos) é a mais vívida das conquistas significativas em reconhecimento a expressão profética  usada por Yitzhak  “Crescemos nesta terra”.

Não como nesse episódio, que mostra o inimigo retrocedendo por respeito ou por desprezo. Mas porque continuamos a "cavar poços", a buscar água, a romper as barreiras que nos são impostas e conquistamos nosso espaço nesta terra.

E assim, a importância de Rechovot passou a ser maior do que a conquista de um poço de águas numa região desértica. 


Marion Vaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário